Utilização de Sêmen Congelado e HCG na Reprodução Equina

Utilização de Sêmen Congelado e HCG na Reprodução Equina

A equinocultura mundial se desenvolve cada vez mais amparada pelo avanço constante da biotecnologia aplicada à reprodução. O Brasil é hoje referência no estudo e na utilização das técnicas de reprodução assistida, principalmente a inseminação artificial (IA) e transferência de embriões (TE).

O aumento do índice de fertilidade de um plantel depende de fatores que envolvem a condição física e hormonal dos garanhões e das éguas doadoras e receptoras, com ambos sendo beneficiados pela constante evolução da biotecnologia ligada à reprodução assistida animal.

A utilização do sêmen congelado na indústria do cavalo tem se tornado cada vez mais notória, com um papel importante no melhoramento genético da espécie já que é a principal maneira de manter preservado, por tempo indeterminado, o patrimônio genético de garanhões de grandes valores econômicos e zootécnicos. As vantagens também abrangem a possibilidade de maximizar o número de descendentes de um determinado reprodutor, controlar doenças sexualmente transmissíveis e a facilidade no transporte a longas distâncias, permitindo a compra e venda internacional de sêmen sem prejuízos de logística.

Apesar do seu alto valor agregado, é sabido que o índice de fertilidade na utilização do sêmen congelado ainda é baixo, com perda significativa do número de espermatozoides viáveis após o processo de descongelamento, e exige melhor acurácia no momento da inseminação para que os espermatozoides remanescentes transpassem com menor dificuldade e por menos tempo os desafios do ambiente uterino até a fecundação do óvulo.

Para elevar tais índices, as técnicas de reprodução assistida vêm sendo modificadas e melhoradas continuamente nos dois pontos de maior atenção de todo o processo: o congelamento do sêmen e o momento de inseminar a égua.

O momento adequado para a inseminação é sempre próximo ao momento da ovulação, difícil de monitorar quando ocorre de forma espontânea. Para um melhor controle do momento da ovulação, a indução deste processo é feita através da utilização de hormônios que imitam a ação do LH (hormônio luteinizante) como é o caso do hCG (Gonadotrofina Coriônica Humana), ou de preparações que promovam a liberação endógena do LH, como os análogos do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina).

Como atua diretamente nos receptores ovarianos de LH, os efeitos do hCG são mais rápidos e previsíveis do que os efeitos dos análogos de GnRH, que atuam estimulando a hipófise para que haja liberação de LH. Além disso, a utilização do hCG também se mostra mais eficaz na indução de ovulação em éguas mais velhas, já que a concentração plasmática de LH nestes animais é menor do que em fêmeas jovens, fator que contraindica a utilização dos análogos de GnRH neste grupo.

Por induzir a ovulação das éguas cerca de 36 horas após sua aplicação, a utilização do hCG atende melhor a necessidade de previsibilidade da ovulação das éguas, como é o caso de inseminação artificial com sêmen congelado, cobertura de garanhões com alta demanda, sincronização de doadora e receptora em programas de transferência de embriões, entre outros. Já os análogos do GnRH demandam um maior tempo médio para induzir a ovulação, levando cerca de 42 horas de tempo médio, mas podendo demorar 48 horas quando utilizado no início da estação de monta, o que favorece o uso do hCG.

Essa precisão de tempo proporcionada pelo uso do hCG torna o manejo reprodutivo com sêmen congelado muito mais eficiente e bem-sucedido, sendo importante não apenas para o momento da inseminação, mas também na sincronização mais eficaz dos ciclos das éguas doadora e receptora, crucial para uma TE de sucesso, já que o útero que vai receber o embrião precisa estar favorável para sua implantação e desenvolvimento.

Uma reprodução equina moderna, segura e eficaz, que busca sempre gerar animais com o mais alto valor genético e DNA de campeões é resultado da associação do bom conhecimento técnico com as ferramentas adequadas disponíveis no mercado. Essa combinação beneficia o aumento dos índices de sucesso na equinocultura mundial.

Ciente disso, a Ceva Saúde Animal traz em sua linha de produtos o Fertcor®, composto injetável de hCG chancelado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entregando ao médico veterinário e ao criador a segurança, rapidez e eficiência que só o DNA dos campeões tem.

Referências:

AIDAR, Nayara Braga. Criopreservação de sêmen Equino. 2013. Monografia – Trabalho de Conclusão de Curso – UNB Universidade de Brasília, Brasília/DF, 2013.

ALONSO, Maria Augusta. Efeito da aplicação da hCG em diferentes dias do ciclo estral sobre a concentração sérica de progesterona e fluxo sanguíneo uterino e ovariano em éguas. 2013. Tese (Doutorado em Reprodução Animal) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, University of São Paulo, São Paulo, 2013.

BOAKARI, Yatta Linhares. Efeito da hCG ou Deslorelina sobre a Hemodinâmica Folicular e Perfil Endógeno de LH em éguas cíclicas. 2014. Tese de Mestrado em Reprodução Animal – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Botucatu, São Paulo, 2014.

 

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